Triagem: é considerada uma ação altamente complexa, para
triar os casos que serão atendidos no CEPAJ e ou encaminhados, pois exige uma
escuta cuidadosa e atenciosa, bem como muita cautela do técnico que realiza a
triagem, pois é o momento também em que nos resguardamos enquanto profissionais
diante de qualquer situação a sermos responsabilizados. A triagem é realizada
com todas as pessoas que procuram o CEPAJ, seja por uma ligação em que se
marque um horário, seja por alguém que aqui chegue com uma demanda em que exige
uma primeira escuta. Ou seja, são
pessoas que chegam em busca de qualquer tipo de ajuda, com problemas de toda a
ordem, tais como: sócio-financeiro, habitação, empregabilidade, saúde (mental,
odontológico, alcoolismo, drogadição e internação), envolvimento com o sistema
de justiça com processos criminais, cíveis e ou de família, realização de
denúncias, solicitação de encaminhamentos e busca de vaga em escolas, creches e
PETIs. Para isso utilizamos uma ficha intitulada: “Ficha de 1º contato,
classificação e encaminhamento de casos”, sendo este instrumento que registrará
qualquer passagem de pessoas pelo CEPAJ, que ainda não estão inscritas. Neste
primeiro contato em que ocorre a escuta dos casos, será necessária oferecer
alguma resposta de atendimento ou encaminhamento para a pessoa que busca o
CEPAJ, com providências imediatas. É um momento de escuta afetiva e atenta para
possíveis encaminhamentos e ou solicitação de parceria da rede de cuidado e
atenção integral de crianças, adolescentes e suas famílias. Dentre estas
demandas muitas se adequam ao perfil do CEPAJ, com isso faz-se a solicitação da
documentação para a inscrição e caso haja necessidade solicitamos que a pessoa
busque o encaminhamento de algum equipamento social para que o caso seja
referenciado e assim estabelecido a parceria com a rede de cuidado e atenção
integral. Deve ser entendida como uma
linha de cuidado continua sendo considerada uma ação realizada por todos os
profissionais com nível superior, entre técnicos e professores.
Acolhimento:
trata-se de uma escuta competente e afetiva, à
criança, aos adolescentes e seus cuidadores. É uma ação que na sua maioria é
realizada após o primeiro contato da triagem e feita por técnicos mais
específicos como assistentes sociais e psicólogos. No acolhimento busca-se
identificar a queixa mais especifica e proporcionar o atendimento adequado. O
acolhimento poderá também ser um atendimento único, em detrimento de alguma
demanda surgida nos grupos e então proposta pelos técnicos para um possível
encaminhamento e ou, o início do atendimento psicoterapêutico e da orientação e
apoio sócio-familiar.
Palestras e oficinas nos equipamentos sociais: tem como objetivo proporcionar nestes espaços um pensar prático sobre garantia de direitos, bem como atender a temas específicos no que tange a complexidade da infância, adolescência e família.
Grupo com mães: grupo temático com uma escuta qualificada para a orientação e acolhida no que tange a relação pais-filhos. Este grupo se reúne uma vez por semana e pode ser acompanhado por: pedagogos, psicólogas, assistentes sociais, estagiários de pedagogia, psicologia e do serviço social.
Grupo
com adolescente:
trata-se de um grupo temático para a promoção de direitos que objetiva o protagonismo
juvenil com o conhecimento de seus direitos e deveres. Este grupo se reúne uma
vez por semana e pode ser acompanhado por: pedagogos, psicólogas, assistentes
sociais, estagiários de pedagogia, psicologia e do serviço social.
Grupo
para Crianças: trata-se
de grupos temáticos com a função psicoeducativa. São grupos coordenados por
profissionais, tais como: assistente social, fonoaudiólogo e psicólogo. No
momento temos os grupos com temas relativos á: Aprendizagem e relacionamento,
Violência, não!, Leitura e Garantia de Direitos.
Grupo
multifamiliar:
consolida-se como um grupo temático que se reúne uma vez por mês aos sábados,
que objetiva trabalhar o sistema familiar potencializando suas qualidades e
redefinindo suas limitações. É um grupo que pode ser acompanhado por:
pedagogos, psicólogas, assistentes sociais, estagiários de pedagogia,
psicologia e do serviço social.
Atendimento
fonoaudiológico / Oficina de comunicação: realizado em grupo e busca promover a saúde e o bem estar na comunicação,
como forma de inclusão social e interpessoal da criança e adolescente, em
especial no contexto familiar e escolar.
Avaliação Psiconeurológica: realiza-se este atendimento com a finalidade diagnóstica para a promoção de saúde e bem-estar, com o objetivo de encaminhamento e ou atendimento. Nesta ação é necessário o encaminhamento/solicitação de órgãos oficiais.
Avaliação
da Dinâmica Familiar:
trata-se de um processo avaliativo e terapêutico no complexo sistema da
dinâmica familiar. Com objetivos interventivos que tem começo-meio-fim. Nesta
ação é necessário o encaminhamento/solicitação de órgãos oficiais.
Psicodiagnóstico: Psicodiagnóstico
Interventivo consiste em uma prática da Psicologia Clínica que integra
simultaneamente os processos avaliativo e terapêutico. Nesse método de
intervenção são utilizados assinalamentos e interpretações desde a primeira
entrevista com o paciente e durante a aplicação de técnicas projetivas. Sua
fundamentação repousa no potencial da situação diagnóstica para trazer à tona,
de maneira concentrada, aspectos centrais da personalidade do indivíduo (Cunha
& Cols., 2000; Ocampo, Arzeno & Piccolo, 1979/1987; Trinca, 1997), essenciais
para a compreensão de seus conflitos e tensões, de sua gênese e das
experiências necessárias para a retomada da saúde ou, nas palavras de
Aberastury (1979/1986), as fantasias de doença e de cura. A emersão dessa
quantidade de material ocorre porque, principalmente durante aplicação das
técnicas projetivas, o examinando é convidado a se defrontar, em um tempo
restrito, com etapas variadas do seu desenvolvimento pessoal (e com os
conflitos a elas associados), seja revivendo cada uma delas, ou expressando uma
visão global de si que traz implícito, mas reconhecíveis, os resultados dessa
evolução afetiva (Barbieri, 2002). Nesta ação é necessário o encaminhamento/solicitação
de órgãos oficiais.
Grupo
Matriz/Sala de Leitura:
são realizadas oficinas de leitura, na biblioteca, para crianças de 6 a 18 anos
incompletos, que estimula o prazer em ler e a discussão de temáticas com foco
no protagonismo infanto-juvenil. Este grupo se reúne duas vezes por semana,
acompanhado por pedagogo e estagiários da pedagogia, psicologia e do serviço
social. Com este grupo realiza-se as oficinas integrativas, por meio de
módulos, com temas específicos de professores e técnicos.
Empréstimo
de livros: trata-se de uma
atividade pautada na formação de leitores críticos de sua realidade, com
caráter informativo, associado ao despertar do prazer pela leitura. O
empréstimo poderá ser feito por todas as pessoas inscritas na Aldeia Juvenil,
por qualquer faixa etária.
Sala
Conectividade/Inclusão Digital: estrutura física com 20 computadores thin client que oferece o desenvolvimento das habilidades
computacionais, com pesquisas escolares e foco na Inclusão Digital, direcionado
para o uso consciente das informações na internet.
Encaminhamento social: poderá ser efetuado por
qualquer técnico, em parceria com o assistente social, para os serviços
públicos nas áreas de: Saúde, Educação, Serviço Social, Previdência, Trabalho e
Segurança, indispensáveis ao correto encaminhamento de soluções para cada caso.
Acompanhamento do caso: considerada uma ação necessária para garantir e
zelar pela efetividade do atendimento, evitando que qualquer uma das partes
envolvidas (família, escola, hospital, entidade assistencial e outras), rompa a
rede de ações que sustentam o bom andamento de cada caso específico. O bom
acompanhamento de caso, feito em parceria com outros atores comunitários e o
poder público, enseja em resultados positivos no atendimento e, se necessário,
reavaliar o caso.
Estudo de caso: caso é a expressão individual e personalizada de problemas sociais
complexos e abrangentes. Uma criança ou adolescente vivendo uma situação de
ameaça ou violação de direitos será, sempre, um caso de configuração única, com
identidade própria, mesmo que as ameaças ou violações observadas sejam comuns
na sociedade. Por isso, vale reafirmar: cada caso requer um atendimento
personalizado, sem os vícios das padronizações e dos automatismos. Estudar um
caso é mergulhar na sua complexidade e inteireza, buscando desvendar a teia de
relações que o constitui. Nesse trabalho, é importante a coleta e registro de
informações que possibilitem o conhecimento detalhado da situação.
Avaliação
socioeconômica: trata-se
de um processo em que se estabelece a relação e
influência das condições sociodemográficas, como renda e trabalho, na qualidade
de vida e bem estar das famílias. Esta avaliação é realizada pelo assistente
social, bem como estagiários do serviço social.
Mapeamento e acompanhamento dos equipamentos
sociais: levantamento de projetos, programas e políticas
sociais, equipamentos públicos e serviços básicos de atendimento à infância e
adolescência, considerando suas áreas de concentração e os locais de moradia
das pessoas. Tem por objetivo aprimorar e qualificar, ainda mais, o atendimento
com o encaminhamento eficaz aos equipamentos sociais. Este mapeamento e acompanhamento
são realizados pelo assistente social, bem como estagiários do serviço social.
Orientação e apoio
sócio-familiar: prover
informação adequada a família a cerca de seus direitos e deveres, encaminhar
para equipamentos sociais e orientá-los com a finalidade de ampliar a
compreensão de sua situação e buscar saídas. Os encontros para OASF acontecem
de acordo com a demanda de cada caso, sendo realizada por psicólogos e
assistentes sociais. Nesta ação não é necessário o encaminhamento de órgãos
oficiais.
Atendimento
psicoterapêutico:
oferecido às crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violação de
direitos (violência física, violência sexual e negligência). Para este tipo de atendimento o encaminhamento deverá ser feito pelo
sistema de atenção integral e direitos humanos, tais como: Ministério Público,
Poder Judiciário, Delegacia de Proteção a Infância e Adolescente, Conselho
Tutelar, Hospital Materno Infantil, CRAS, CREAS, Escolas, Creches, PETIs, CAPS
e PSFs.
Atendimento
ao autor/suposto/iminente autor de violência sexual: feito por demanda espontânea e ou
encaminhamento. Geralmente são atendimentos realizados na Agência Prisional ou
por adultos que buscam ajuda por se sentirem atraídos por crianças. O
atendimento tem a proposta psicoterapêutica e também está centrado na família.
Visita
domiciliar e institucional:
opção metodológica que apresenta uma abordagem específica para a apreensão da
realidade social, com vista na defesa e garantia de direitos.
Consultoria
e Assessoria ao Sistema de Direitos e Equipamentos Sociais: trata-se de oferecer parceria ao sistema de
garantia de direitos e equipamentos sociais, com estudo de caso e apresentação
de propostas metodológicas de atendimento.
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